Sobre o Espaço Amarelo

Um novo espaço na cidade de São Paulo para desenvolvimento de projetos culturais, artísticos e educativos. Tem um compromisso com a vanguarda, que é de inspirar pessoas e promover artistas que tenham uma proposta significativa.

Promover a reflexão e ações relativas às culturas indígenas no sentido de resgatar seus valores e promover a interculturalidade pacífica, divulgar e valorizar seu acervo, e despertar um olhar mais sensível.

O Espaço Amarelo abriga o IAED – Instituto de Arte Educação e Desenvolvimento – que mantém o Museu Xingu e cerca de 1500 obras de arte do acervo da família Young Silva, das décadas de 60 a 90. Carlos Paez Vilaró, Fernando Odriozola, João Rossi, Mira Schendel e Fernando Coelho são alguns dos artistas.
Segundo Heráclio Silva, Coordenador Cultural e Curador do IAED Instituto de Arte Educação e Desenvolvimento, que mantém o Museu Xingu, “O interessante é a presença constante dos índios, que acabam enriquecendo a proposta inicial de conservação e atuando como parceiros, contando suas histórias, participando e provendo o museu de materiais que consideram importantes. E ainda contam com a loja de comércio justo, PONTO SOLIDÁRIO, também na Casa, para comercializar seus produtos atuais. Podemos dizer que somos um museu vivo.”

Missões e valores

  • Manter para livre acesso ao público, visando incentivar a formação artística e cultural do mesmo, em estabelecimento apropriado, obras de arte, livros e quaisquer outros bens de valor artístico e cultural;
  • Promover, incentivar e participar, quer mediante a realização de pesquisas, fornecimento de informações ou prestação de assessoria em geral, de edição de obras relativas às ciências humanas, às letras, às artes e outras afins, bem como produzir e incentivar a produção de filmes, vídeos e outras formas de reprodução fonovideográficas, todos de caráter artístico e cultural;
  • Promover, realizar e incentivar a pesquisa no campo das artes e da cultura;
  • Exercer, promover e incentivar o exercício de todas e quaisquer atividades que visem dar ao público em geral formação científica, artística e cultural;
  • Exercer a intermediação comercial de produtos de artesanato produzidos por artesãos, artistas e associações representativas da cultura regional, objetivando dar-lhes oportunidade de ter um canal onde expor o seu trabalho, melhorando, consequentemente, a qualidade de vida dessas pessoas;
  • Promover o reconhecimento, valorização e preservação do patrimônio cultural indígena, encontrando sua expressão e presença na cultura nacional;
  • Reconhecer e valorizar a integridade do Acervo da Coleção particular transformando- a em patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro.

História

O IAED, Instituto de Arte Educação e Desenvolvimento, está localizado no centro cultural de São Paulo, e é a continuidade de um trabalho de 60 anos, desenvolvido anteriormente pelo Espaço Cultural Yázigi. Com novo modelo administrativo, dinâmico e criativo o IAED se coloca como novo espaço de desenvolvimento de projetos culturais, artisticos e educativos atráves de uma série de atividades, oficinas e palestras, e ainda conta com um espaço expositivo para mostras, coleção Xingu e seu acervo.

Em 1950, nascia o Yázigi com dupla proposta de trabalho, a de desenvolver programas de ensino de idiomas identificados com a realidade do aluno brasileiro e a de promover a arte e a cultura do nosso país através de atividades permanentes, junto às comunidades nacional e internacional. Artistas como Aldemir Martins, Carlos Paez Vilaró, Juarez Machado, Ubirajara Ribeiro, João Rossi, Fernando Odriozola, Tomoshige Kusuno, Zélio Alves Pinto e Ricardo Van Steen, assinaram desde ilustrações dos programas de ensino e séries temáticas de gravuras até a logomarca da empresa.

Do acervo, fazem parte obras de importantes artistas contemporâneos, desde a década de 50, nacionais e internacionais, adquiridas da coleção Fernando Silva e Catherine Young e ainda a Coleção Xingu, contendo peças e artefatos indígenas, organizada pelos indianistas Cláudio e Orlando Villas-Bôas que documentam a presença histórica das nações indígenas do Brasil.

A partir de 1987

uma nova dinâmica passou a ser adotada pelo então Espaço Cultural Yázigi. A política de ação cultural determinou a criação de mecanismos que possibilitassem uma movimentação do acervo através de atividades participativas tanto para artistas e profissionais da área cultural, quanto para o público em geral. O acervo catalogado passou a circular pelas unidades e a se renovar com a criação do projeto Novos Acervos, onde novas coleções foram adquiridas e novos talentos revelados. Todas as unidades passaram a irradiar a produção contemporânea do país – Novos Espaços Culturais entre a rede se formaram e passaram a ser referências culturais em alguns centros do país.

Em 1999

recebendo o nome do fundador da instituição, foi inaugurada a Galeria Fernando Silva, inserida no corredor da Av. Nove de Julho, centro agitado e febril da cidade de São Paulo, na sede Nacional do Yázigi Internexus. Com exposições regulares, individuais, coletivas e mostras temáticas, a galeria fomentou mostras didáticas, enfocando o processo de trabalho dos artistas e realizando oficinas com jovens da rede pública e privada. Em 2002 passou a ser denominado Galeria Fernando Silva todo o espaço da Instituição.

Ainda em 2002

ampliando sua atuação para questões socioambientais, e pensando na arte feita pelo homem da nossa terra, o Espaço Cultural funda o Ponto Solidário, arte sócio-cultural, uma associação sem fins lucrativos que segue os princípios do comércio justo, economia solidária e sustentabilidade. Com uma loja de grande visibilidade nas instalações da Sede Nacional, o Ponto Solidário tem como missão a geração de renda através da venda e divulgação do trabalho artesanal de comunidades regionais, grupos indígenas, entidades de atendimento, cooperativas, núcleos familiares, artesãos e artistas de todo o Brasil. O Ponto Solidário é contemporâneo, trabalha por uma modo de vida sustentável, e tem se destacado no mercado como referência de comércio justo e ponto de valorização da cultura popular brasileira.

Em 2011

a Casa Amarela surge como potencializador de todos esses projetos e passa a ser a nova sede do IAED e do Ponto Solidário.
O IAED através do seu espaço cultural Espaço Amarelo, mantém um acervo com mais de 2000 obras de arte pós anos 50, acervo este que tem muita afinidade com o “Museu das Origens” proposto por Mario Pedrosa. De artefatos indígenas a contemporâneos, passando pela arte infantil a primitivos.

O Espaço Amarelo, uma abreviação da expressão Espaço Cultural Casa Amarela, localizado na rua José Maria Lisboa, 838, propõe fazer a conservação das coleções do IAED, revitalizar os projetos de arte educação criados pelo Espaço Cultural Yázigi, desenvolvidos naquela época por Lúcia Py, e também promover atividades como exposição do acervo, mostras de artistas, palestras, oficinas, debates, encontros e cursos, todos em torno da vanguarda e da pesquisa nas artes.

Os principais objetivos do Espaço Amarelo são: divulgar e valorizar o acervo IAED; estimular a produção artística de qualidade e cultivar um olhar mais sensível para expressão da nossa cultura. O Espaço Amarelo também disponibiliza seu espaço físico e equipamento para locação, onde se poderá realizar eventos relacionados a cultura, sociedade e meio ambiente.

Casa Amarela
Coordenador geral: Ricardo Young
Coordenador cultural: Heráclio Silva

IAED
Direção: Jaime Baez e Heráclio Silva
Curadoria e Museologia: Heráclio Silva
Assistente de Conservação e Restauro: Marcelo e Mayra
Administrativo: Luiza Bourleigh